O Circuito do Ouro é passeio obrigatório para quem visita Minas Gerais, principalmente se for em busca de uma imersão na história do estado e do país. Composto por 17 municípios, dos quais a maioria está a apenas 170 quilômetros de Belo Horizonte, o Circuito permite que o turista viva momentos de muita cultura e lazer, com belas surpresas nas curtas distâncias entre uma cidade e outra. E entre tantos atrativos, encontra-se o roteiro Entre Serras da Piedade ao Caraça.

Esse roteiro é recheado de passeios de tirar o fôlego. E como é composto por apenas 4 cidades, é a opção perfeita para quem é amante da história e da cultura, mas não tem tempo para conhecer muitos municípios. Confira, no post de hoje, 8 pontos históricos do roteiro Entre Serras da Piedade ao Caraça que você precisa conhecer!

O roteiro Entre Serras da Piedade ao Caraça

Ao sair da capital Belo Horizonte pela BR-381, a primeira parada obrigatória é em Caeté, onde se encontra a Serra da Piedade. Logo à frente encontra-se Barão de Cocais, cidade premiada com registros pré-históricos de 6.000 anos a.C. A terceira parada obrigatória é em Santa Bárbara, onde você encontra muita arte e uma gastronomia sem igual. Para fechar o roteiro, Catas Altas promete muita tranquilidade e natureza com a Serra do Caraça.

Veja a seguir uma lista com as melhores atrações para aproveitar o trecho entre a Serra da Piedade e a Serra do Caraça:

Caeté

Matriz Nossa Senhora Bom Sucesso

Com construção datada do ano de 1757, possui em sua história grandes atrativos para os admiradores de obras de arte. Sua planta foi idealizada por ninguém menos que Manoel Francisco Lisboa — pai do artista Aleijadinho — e suas imagens e esculturas são predominantemente barrocas.

É a primeira igreja em alvenaria construída em Minas Gerais e, ainda em atividade, permite aos visitantes desfrutarem de sua beleza histórica durante visitas e celebrações que ocorrem aos finais de semana.

Museu Casa João Pinheiro

Para quem aprecia peças histórias, esse museu é parada obrigatória em Caeté. O imóvel é composto por obras de arte, móveis e documentos que remontam do século XIX, quando a família Pinheiro se instalou no local. O peso desse sobrenome foi de extrema importância para a história do país, estando presente na construção de Brasília e no surgimento da Fundação Vale do Rio Doce.

Barão de Cocais

Ruínas do Gongo Soco

De todos os passeios indicados até agora, esse é, sem dúvida, o mais atrativo para os amantes da história. O local é famoso por abrigar as ruínas do Arco do Triunfo, por onde os imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II passaram nos anos de 1800, e os escombros do Palácio do Barão de Catas Altas.

Essa é uma das grandes partes restantes do Ciclo do Ouro, um dos marcos da economia nacional. A bela história desse sítio começou em 1745, quando foram encontradas as primeiras pedras de ouro, e perdurou o suficiente para chamar a atenção da Cornuália, que criou ali um povoado com cemitério, capela e hospital.

Cemitério dos Ingleses

Acessado por uma trilha na Estrada Real, esse sítio arqueológico, popularmente chamado de Cemitério dos Ingleses, é famoso por suas ruínas. Sua história tem origem com atividades nas minas de ouro, e a criação de vilas na região de Cocais que teriam começado no século XVIII e durado até o século XIX.

Os grandes atrativos do lugar são os muros, que supostamente teriam sido criados com o propósito de cercamento. As proporções dessas paredes são grandes: espessura aproximada de 85 centímetros e altura de 2,6 metros. Contudo, o que mais impressiona é a forma como foram erguidos — sem a utilização de argamassa!

Santa Bárbara

Hotel Quadrado

Não existem documentos que comprovem em qual momento do século XX a construção do prédio teve início, mas, de acordo com as diversas histórias que se contam na cidade, ele é antigo o suficiente para ter abrigado grandes personalidades.

O Barão de Cocais e o Barão de Catas Altas, por exemplo, teriam sido hóspedes do famoso prédio em estilo barroco. Já durante a Revolução de 1930, 50 soldados teriam consumido toda a comida que seria servida aos hóspedes, gerando uma dívida que está em aberto até hoje. A única certeza, entretanto, é que o local leva esse nome em homenagem a seu fundador, Joaquim Quadrado.

Cinema

Imagine uma época em que os filmes viajavam de trem a partir de Belo Horizonte, os cinemas tinham pisos completamente planos e uma sirene avisava o início de cada sessão. São essas e outras curiosidades que fizeram do cinema de Santa Bárbara, inaugurado no ano de 1939, um dos principais pontos turísticos da cidade.

Catas Altas

Bicame de Pedras

Aparentemente uma simples ruína, o Bicame de Pedras é um aqueduto que faz parte da história do abastecimento da cidade no período de mineração. Em seu centro, inclusive, existe um portal onde está gravado o ano de 1792, quando foi construído. O monumento conta com 100 metros de comprimento, e a parte superior do Bicame de Pedras pode ser acessada com a ajuda de uma escadaria.

Santuário do Caraça

Hoje apenas uma igreja e local para meditação, o Santuário do Caraça teve sua história iniciada em 1774, tendo em certo momento sido constituído por 3 andares e abrigado um colégio com teatro e biblioteca.

Em 1968, porém, um incêndio colocou abaixo essa parte do edifício. Atualmente, é possível visitar o Santuário e, nas ruínas do prédio incendiado, encontrar um grande acervo histórico com objetos de arte, catacumbas e raridades como o Santa Ceia (1828), quadro do artista Ataíde.

Esses são apenas alguns dos diversos pontos turísticos existentes entre as Serras da Piedade ao Caraça. Vale lembrar também que todo o roteiro de Caeté até Catas Altas é autoguiado. Ou seja, você pode fazer qualquer passeio sem a necessidade de ajuda.

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Inclua nosso roteiro Entre Serras em sua próxima visita a Minas Gerais! Aproveite e conte para a gente: quais pontos históricos citados neste post mais chamaram a sua atenção? Deixe um comentário!